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terça-feira, 22 de junho de 2010

A tabela das seguradoras (Reportagem Quatro Rodas)

Descubra por que nem sempre a tabela padrão utilizada por todas as seguradoras corresponde ao preço real do seu carro POR ANA BORGES Para modelos completos como o Civic EXS, os 100% da tabela Fipe são suficientes Sinistro é uma dor de cabeça, mas pode ficar ainda pior. Já imaginou quando a perda é total e a indenização não cobre o valor do carro? Isso é mais comum do que parece. O critério usado hoje para indenizar os clientes é a tabela Fipe. As cotações são calculadas pela média do mercado regional. E aí é que começam os problemas. A velha piada envolvendo estatísticas é que se um homem comer dois frangos e o outro fizer jejum, na média ambos terão comido um frango cada e estarão bem alimentados. O serviço da Fipe é excelente, mas você pode conferir com qualquer estatístico: médias sempre provocam distorções, maiores ou menores. O valor da tabela pode estar fora do praticado pelo mercado. O levantamento dos preços é feito com um mês de antecedência, e por isso a tabela não registra mudanças bruscas de preço. Para reduzir esse problema, a Federação Nacional de Seguros (Fenaseg) estuda formas de reduzir o intervalo de divulgação da tabela. Outro problema é a diferença regional de preços: a pesquisa envolve 24 estados, mas publica só um valor médio, que é referente ao Brasil inteiro. Além disso, a Fipe leva em conta veículos com diferentes características, como cor, acessórios ou estado de conservação. Para atenuar as distorções, os técnicos desconsideram os valores muito superiores e inferiores à média, mas mesmo assim é possível encontrar preços diferentes dos usados pelas seguradoras. O que fazer para reduzir os problemas? O cliente pode contratar uma margem de até 10% sobre a tabela. Assim, se a tabela for de 50 000 reais, você será reembolsado em 55 000 reais. Claro que essa cláusula eleva o valor da apólice, em geral um aumento proporcional de 10%. A precaução serve para carros que estão em estado de conservação acima da média ou que possuem diversos opcionais. Essas alterações são mais comuns em populares, nos quais o dono investe em ar-condicionado ou direção hidráulica, itens que podem custar de 10% a 20% do valor do carro. Já os topo-de-linha, que saem completos da fábrica, em geral, não precisam da contratação dos 10%. Quer receber quanto? Quem comprou um carro zero também conta com a possibilidade de ser reembolsado pelo valor de um automóvel novo por seis meses após a saída da concessionária. E quando ocorre o contrário, ou seja, o dono acredita que seu veículo vale bem menos que o da tabela Fipe? Nesses casos, vale o inverso: é possível contratar um percentual inferior a 100% da tabela e pagar menos pelo seguro. Mas sempre é bom lembrar que, em caso de perda total, o valor reembolsado será proporcional. A tabela Fipe veio simplificar o cálculo do valor. Como a seguradora não pode interferir na metodologia, a adoção da tabela reduziu muito as reclamações. Antes, a seguradora calculava o valor consultando três anúncios de jornal. O cliente fazia o mesmo e, quando não havia consenso, os dois lados perdiam tempo e gastavam dinheiro brigando na Justiça. Mas você pode reclamar se a tabela não for suficiente para repor o bem. Nesse caso, deve-se provar que se não consegue comprar o mesmo carro com o total pago. “O cliente deve usar o corretor como intermediário”, diz o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros, Leoncio Arruda. A seguradora está aberta a reclamações e, dependendo da argumentação e da insistência, o cliente às vezes pode sair vitorioso.

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